Em Maio de 2014 iniciou-se a empreitada de instalação da rede de saneamento em Aspra, adjudicada à empresa "Armindo Afonso Ldª" mas a obra ainda não se encontra concluída (falta a pavimentação em paralelo), exasperando os moradores, nomeadamente os residentes nas ruas de Santa Luzia, Paço e Cornedo, tendo sido posteriormente alargada à Rua das Laureanas - a qual não possuía rede de águas - Rua do Cadinho (pequeno troço) e da Linda.

A Junta de Freguesia crê que o processo de adjudicação da obra, no valor de 150 mil euros, da responsabilidade da Câmara, remonta ao mandato anterior, embora nunca tivesse tido conhecimento do seu desenvolvimento, como nos referiu António Brás, presidente da autarquia.

Era estimado que os trabalhos estivessem concluídos entre finais de Setembro e meados de Outubro do ano passado, o que não sucedeu.

Terá sido detectado no decurso da obra que a rede de abastecimento de água se encontrava "obsoleta" e, com o desenvolvimento dos trabalhos, deteriorou-se ainda mais, "daí surgindo a necessidade de proceder à renovação desta rede", acentuou o autarca ancorense.

A Rua de Santa Luzia necessita de um orçamento extra para instalação da rede de águas, ao mesmo tempo que o piso não foi reposto, o que, entretanto, não deverá suceder sem que antes seja substituída a canalização da rede de águas.

António Brás crê que esta segunda adjudicação (num valor aproximado de 30.000€) deverá ser entregue à mesma firma, atendendo a que já possui a concessão dos arruamentos e, prosseguiu o autarca, "creio que não haverá qualquer cláusula contratual que permita a entrada em obra de outra empresa", o que considerou "uma pena", porque se pudessem entrar no processo outras entidades, haveria possibilidade de realizar uma série de melhoramentos, "a preços mais simpáticos", acrescentou.

Revelou-nos ainda a necessidade de instalar a rede de águas pluviais na Rua do Cornedo - o que não se encontrava previsto inicialmente -, porque as águas convergem no Largo do Concheiro, provenientes do Largo de S. Pedro e de toda a zona montanhosa e que, actualmente, "escorrem indiscriminadamente pela Rua do Cadinho". A falta de verbas da parte da Câmara para que este projecto seja concretizado, obsta a que o problema seja resolvido. António Brás crê que o orçamento dado para esta intervenção, no valor de 17.000€, se encontra "extrapolado", frisando que se outras entidades pudessem "entrar em obra", como seria o caso da Junta, estes valores poderiam baixar e ser feita a "preços mais compatíveis" e "exequíveis", portanto.

Entende ser uma necessidade porque o volume de águas concentrada nesta zona "invadem a Rua do Cornedo e prejudicam uma série de casas". Precisa que são 106 metros lineares de arruamento e a colocação de seis ou sete caixas de recolha de águas para as conduzir , devidamente entubadas, para uma linha de água ligada a uma rede já existente na Rua de Navarros.

António Brás frisou que tem encetado contactos com a Câmara de modo a desbloquear a situação, bem como com o empreiteiro, para que impere o "bom-senso e se consiga terminar esta obra que está a causar transtornos enormes" à freguesia, fundamentalmente aos moradores desta parte alta de Âncora.

Espera que esta obra seja concluída até finais de Fevereiro, disse-nos António Brás, embora o processo de adjudicação e início de obra não dependam da Junta.

Contactada a Câmara de Caminha, foi-nos garantido que a instalação da rede de águas deteriorada será feita dentro de um mês e meio, após abertura de concurso. Posteriormente, o empreiteiro a quem foi consignada a obra de saneamento procederá à recolocação do pavimento.

Quanto à Rua de Cornedo, ainda não existe um plano concreto para a instalação da rede de águas pluviais com ligação à de Navarros.