Após o encerramento da Escola Primária de Azevedo há dois anos, a Câmara pretendeu entregar o edifício ao Grupo "Vira Bombar", mas a Junta de Freguesia opôs-se, reclamando para si a sua posse, assistindo-se a uma troca de fechaduras e a forte polémica na freguesia.
Entretanto, a Santa Casa da Misericórdia de Caminha descobre o testamento da pessoa que legou a escola à freguesia de Azevedo, João Manuel Salgueiro, no qual está explícito que no caso de o imóvel deixar de funcionar como tal, reverterá para a posse dessa instituição.
Na posse deste documento enviado à Junta e Câmara, a autarquia azevedense rendeu-se à evidência, deixando de reclamar esta casa.
Por seu lado, a Câmara de Caminha ainda não respondeu ao ofício enviado pela Misericórdia, pelo que a Mesa Administrativa deverá insistir para que devolvam a antiga escola, segundo nos confirmou o provedor António Afonso.
Entretanto, no passado dia 9 de Agosto, a Câmara de Caminha celebra um contrato que deverá ser executado em trinta dias pela firma Vellozo Ferreira e Associados-Sociedade de Advogados, com escritório no Palácio da Bolsa, no Porto - com quem a autarquia tem estabelecido mais contratos ultimamente, recorde-se - destinado a obter um parecer sobre a propriedade da escola primária de Azevedo.
O valor do contrato é de 6.600€ mais IVA a 21%.
Tentamos que a presidente da Câmara de Caminha precisasse a posição do Executivo sobre a propriedade da Escola de Azevedo, mas sem resultado.
Reproduzimos a parte do testamento de João Manuel Salgueiro que se refere à Escola Primária de Azevedo.